Toda história possui um início, assim como a criação da Dynamic Travel. Leia a seguir a entrevista contando um pouco sobre a trajetória dos grandes empreendedores Luiz Silva e Rafael Malfará, como surgiu essa grande parceria e sobre o processo de criação de um negócio de sucesso.
1) Como vocês se conheceram?
Rafael: “Nós nos conhecemos numa pós que nós fizemos na USP, uma pós em gestão mercadológica de turismo e hotelaria. Nós tínhamos amigos em comum na turma, e aí a gente montou uma turminha durante o curso e a gente acabou se conhecendo a partir dali, foi um curso que a gente fez em 2008.”
2) O que cada um de vocês fazia antes da empresa?
Luiz: “Então Camila, a gente trabalhava no turismo, trabalhávamos em agências corporativas, cada um em uma agência diferente. Nós tivemos acho que uma carreira até semelhante, então a gente passou por departamentos semelhantes, a parte de suporte, de atendimento, área comercial, supervisão e gestão de pessoas… E quando a gente começou a conversar a gente estava em momentos semelhantes, mas sempre atuamos em agências diferentes, separadas.”
3) Quem teve a ideia de iniciar a parceria? Foi o Rafa ou o Luiz? Como foi a decisão de criar a Movere Viagens?
Rafael: “Na verdade foi uma decisão em conjunto, nós vivíamos dores e aflições em momentos tanto que envolviam o segmento, como carreira. E em algumas conversas e bate-papos que a gente tinha fora de expediente, a gente resolveu em conjunto empreender e fazer algo melhor do que aquilo que a gente vivia, entregar algo melhor para cliente, para colaborador, para o mercado de modo geral. E a Movere, ela já existia, então na verdade ela era uma agência de lazer e aí dentro desse processo de criação da nova agência, surgiu a oportunidade da gente comprar uma empresa e aí antecipou algumas etapas do processo de criação, então nós tínhamos um cronograma de planejamento que envolvia várias etapas, mas era uma criação do zero, e com a compra da Movere, foi o nosso primeiro processo de M&A, a gente comprou e antecipou algumas etapas, transformou uma agência de lazer em uma agência corporativa.”
Luiz: “Tem um aspecto bacana a se mencionar: antes da gente decidir de fato empreender no segmento que a gente dominava, a gente tentou e cogitou em empreender em outros segmentos, em outras áreas, para a parte de tecnologia, para a parte de dispositivos móveis e tudo mais, e aí a gente percebeu que seria melhor a gente começar por onde a gente, de fato, já estava a bastante tempo, onde a gente conhecia, por isso a gente focou a energia na agência corporativa mesmo.”
4) Qual foi a maior dificuldade na hora de se criar a agência?
Luiz: “Criar agência é fácil, todo o processo de atendimento, como a gente já atuava no mercado, pra gente não seria muita novidade, você tem o desafio de atrair clientes e tudo mais, mas eu acho que a parte mais difícil no começo é você conseguir crédito com os fornecedores, é você de fato poder ter um sinal com companhias aéreas, com as locadoras, com as redes hoteleiras e eles poderem vender para você, você poder comercializar o produto e serviço deles, então esse foi o maior desafio. Quando a gente comprou a Movere, dentro da análise que nós fizemos, esse era o principal ponto que nos ajudaria, então a Movere como já era uma agência estabelecida, mesmo tendo atuação no mercado, ela já tinha crédito com os fornecedores. Então a gente comprou uma empresa, a gente aproveitou pouco pro nosso projeto da expertise no lazer, mas a gente aproveitou muito o crédito para poder, de fato, crescer com as vendas.”
5) Qual o motivo da fusão com a outra agência?
Rafael: “Nós tínhamos dentro do nosso planejamento de expansão, então desde o momento da compra da Movere, pensando em médio-longo prazo, nós tínhamos um business plan que envolvia um crescimento da empresa, então a gente vinha dobrando de tamanho ao longo do tempo, além de expansão orgânica, expansão regional, crescimento de carteira, a gente também abriu a frente de M&A, então nós contamos com a ajuda de um parceiro de uma empresa de consultoria, que é a Planning, então o crédito disso também é atribuído a essa empresa, que está com a gente até hoje, inclusive um dos sócios são membros do nosso conselho, eles abriram a possibilidade e dentro dessa frente, existia a de M&A, de fusão ou aquisição com outra empresa. E como nós tínhamos essa janela aberta, surgiu a oportunidade, o contato com o Fernando na época, Fernando e a Daniela que eram os sócios da Corp Travel, a gente apresentou o projeto, contou um pouquinho da história e do que a gente vinha trabalhando no crescimento da empresa, e foi daí que surgiu o match, as oportunidades convergiram e a gente partiu para iniciar uma conversa de fusão.”
6) A parceria e relação de vocês com os sócios da outra agência aconteceu após o processo de M&A ou já tinham?
Luiz: “A gente conhecia o Fernando de eventos, de poucas interações que a gente tinha no mercado, na verdade não dá para falar que a gente conhecia, nós nos víamos e talvez nos cumprimentávamos, mas a gente foi se conhecer de fato no processo de M&A. Esse nosso processo de M&A não foi rápido e não foi lento, ele durou um tempo, de fato, necessário, um processo que precisou amadurecer, a gente precisou avançar com as discussões, mas a gente foi conhecer o Fernando e a Dani durante o período de discussão da fusão mesmo.”
7) Vocês já trabalharam juntos em outras empresas? Se conhecem de outros carnavais?
Rafael: “A gente nunca trabalhou junto, surgiu a oportunidade em algumas situações, mas acabou que a oportunidade não se concretizou, então a gente conhecia muito no relacionamento pessoal, a gente nunca tinha trabalhado junto, o projeto da Movere e depois a Dynamic foi o primeiro trabalho em conjunto diretamente, falando do aspecto profissional.”
8) Como vocês avaliam o setor de viagens e eventos corporativos atualmente? Vocês acham que há espaço para novos empreendedores neste mercado?
Luiz: “Boa pergunta! Eu acho que sim, tem muito espaço para outros players, mas é um mercado que, ele dificilmente aceita pessoas totalmente fora desse mercado, então você vê muitas pessoas que já são do mercado, de fato saindo de empresas que eles trabalham para empreender. Então eu acho que sim, existe espaço, mas precisam ser propostas mais conectadas com questões atuais, do mundo, com realidades, então as práticas, precisam ser práticas mais atuais, mais adequadas, mais corretas, vamos colocar dessa forma. As empresas precisam olhar para aspectos não só do negócio, mas aspectos humanos, a relação com as pessoas, o que as pessoas buscam ao trabalhar em uma empresa. Então eu acho que existem várias agências que já olham para isso e eu acho que as que, de repente ou quem estiver olhando, precisa prestar atenção nisso, o que que o mundo hoje tá falando, o que que as pessoas precisam, quais são as dores dos clientes. Existem muitas tecnologias surgindo no mercado de viagens, mas elas podem funcionar muito bem através da entrega de uma agência de viagens, então são tecnologias que podem ser embarcadas em qualquer projeto.”
Rafael: “O espaço para o empreendedorismo, ele sempre vai existir. Eu acho que a grande arte da coisa está nessa relação de você conseguir empreender, você ter o empreendedorismo na veia, e enxergar oportunidade, conseguir avaliar onde que estão as deficiências, é isso que vai virar oportunidade e em cima disso que pode ser trabalhado e desenvolvido. Então assim, hoje, falando de turismo, existem várias empresas surgindo, algumas ditas disruptivas, outras, de fato, disruptivas, mas que precisa se amadurecer mais isso. Então esse modelo que o Luiz falou, está muito vinculado a isso, ao fato de hoje o mundo ser muito mais empreendedor, aliado a esse lance da oportunidade, das mudanças que estão surgindo.”
Rafael: “Essa é boa! Essa é uma missão que desde o início, quando a gente resolveu empreender, a gente se preocupou com isso, falou: ‘Bom, precisamos ter uma missão, uma razão…”
Rafael: “Eu, na verdade, tenho certeza! Eu nem acho, eu tenho certeza. E aí isso não está relacionado à aspectos financeiros, ele está muito mais relacionado a um sentimento e uma sensação de realização, pelo fato de criar um ambiente legal. Todas aquelas premissas que nós tínhamos no começo, hoje a gente consegue materializar isso no dia a dia, então, ter um ambiente bacana, que as pessoas gostam de trabalhar, que as pessoas tem vontade de vir trabalhar aqui com a gente, que os clientes gostam, se mantém com a gente há bastante tempo… então acho que essa atmosfera positiva, esse ambiente leve, que até você inclusive, comentou, que as pessoas gostam, acho que isso faz com que eu tenha plena certeza e convicção de que a gente tomou a decisão certa lá, há 10 anos atrás!”
Flexíveis e dinâmicos, a Dynamic Travel presta assessoria em viagens corporativas para empresas com foco em redução de custo e experiência do viajante a mais de 16 anos.