Guia rápido sobre política de viagens corporativas com indicadores e melhores práticas

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mulher apontando para lousa com título de conteúdo sobre política de viagens

O setor de viagens corporativas segue com uma recuperação sólida e sinais de crescimento, mesmo diante de incertezas econômicas. De acordo com a GBTA, os gastos globais com business travel devem alcançar US$ 1,57 trilhão em 2025, um novo recorde, embora com crescimento moderado de cerca de 6,6% em relação a 2024.

No Brasil, os números também mostram expansão robusta. A Abracorp reportou R$ 6,5 bilhões em faturamento no primeiro semestre de 2025 no segmento de viagens corporativas. A previsão para o segundo semestre do ano é de mais R$ 9 bilhões, o que pode fazer o total anual chegar a cerca de R$ 14 bilhões para o segmento corporativo.

Esses dados reforçam o papel estratégico da gestão de viagens corporativas para empresas: não é apenas um custo operacional, mas uma área com impacto direto no resultado financeiro, produtividade, conformidade e experiência do colaborador.

A seguir, os principais aprendizados extraídos dos conteúdos já publicados no blog, organizados por tema, com dicas práticas, métricas úteis e processos que fazem diferença para uma política de viagens estratégica para o início de 2026.

O que é uma boa política de viagens corporativas?

Uma política de viagens eficaz vai além de definir regras de reembolso ou limites de gastos. É necessário fazer uma revisão em alguns critérios-chave.

Por isso, preparamos um checklist com indicadores para você medir a temperatura da sua política de viagens.

Checklist: Avalie se sua política de viagens está mais para boa do que propícia para uma revisão estratégica de melhorias
CritérioIndicador de que está boaIndicador de que está precisando de uma revisão mais profunda
Clareza das regrasAs regras sobre avião, hotel, transporte, reembolso, emergências etc. estão claramente definidas, sem ambiguidades.Termos vagos ou subjetivos (“quando for mais conveniente”, “tarifa razoável”, “o melhor possível”).
Cobertura de emergências/segurançaHá diretrizes para situações imprevistas (crise, plano de saúde, seguro de viagem, quem contatar em emergências).Sem nenhum procedimento documentado ou suporte para imprevistos; colaboradores ficam desamparados.
Flexibilidade versus rigidezPermite exceções bem definidas; há processo para emergências ou casos fora do padrão.Política muito rígida, que não considera exceções; gera dificuldades práticas para quem viaja.
Procedimento de reserva/bookingExiste canal ou TMC oficial; prazos mínimos definidos; fornecedores preferenciais.Reservas por múltiplos canais sem controle; prazos mínimos inexistentes; uso livre com custos elevados.
Reembolso e prestação de contasCritérios claros de quais despesas são aceitas; prazos definidos; documentação exigida; procedimento de aprovação transparente.Incerteza sobre o que reembolsar; atrasos frequentes; processo manual, pouco padronizado; dúvidas entre colaboradores.
Uso de tecnologia/automaçãoPlataforma digital ou software de gestão de viagens/viagens & despesas; integração para aprovações; dashboards de acompanhamento.Tudo feito em planilhas, e-mails ou formulários físicos; dificuldade de rastrear ou consolidar dados.
Indicadores e monitoramentoExistem KPIs definidos; análises periódicas de aderência, custo médio, emergências versus programadas etc.; relatórios periódicos, além de One Page Report e apresentação de Client Review disponibilizados pela TMC parceira.Ausência de métricas; pouco ou nenhum acompanhamento do que está sendo cumprido; decisões feitas “no achismo”.
Comunicação internaPolítica divulgada para todos; treinamento ou workshops; disponível em local acessível; atualização comunicada.Pouco ou nenhum treinamento; colaboradores desconhecem pontos da política; mudanças fáceis não são informadas.
Revisão e atualizaçãoÉ revista periodicamente (anual, semestral ou trimestral); ajustes feitos com base em dados e feedback.Política “engavetada”, sem revisões; regras defasadas ou desconectadas da realidade de uso ou custos.
Duty of care/bem-estar do viajanteElementos de segurança, saúde, suporte ao viajante contemplados; seguros; orientação pré-viagem; assistência em campo.Política focada só em custos, sem considerar segurança ou bem-estar; viajantes ficam sem apoio em situações adversas.
Relacionamento com fornecedores preferenciaisAcordos tarifários negociados, hotéis ou companhias aéreas preferenciaisSem fornecedores preferenciais; colaboradores reservam onde acham; pouca negociação de tarifas ou benefícios.
Satisfação do usuário finalFeedback de viajantes valorizado; enquete ou pesquisa para ajustar política.Alto volume de reclamações; insatisfação com padrões de voo, hotel, reembolso; viagem torna-se estressante ou burocrática demais.

Além disso, vale algumas revisões importantes:

ElementoImportância
Limites de diárias, acomodação e classe de vooControlar custos e padronizar qualidade (dependendo da sua política, pode haver valor-teto estabelecido por nível hierárquico, C-Level e outros tipos de categoria que definem acomodações em voos e hotéis
Critérios para viagens emergenciais x programadasEvitar abusos ou deslocamentos desnecessários, avaliar sempre o motivo

Erros comuns e como evitá-los

Com base nos textos já publicados, estes são os cinco erros mais frequentes na gestão de viagens corporativas:

  • Reembolsos lentos e critérios pouco claros
    Como evitar: padronizar prazos e documentos, automatizar processos e dar transparência ao que é reembolsável.
  • Política de viagens mal definida ou desatualizada
    Como evitar: revisar anualmente, envolver stakeholders e deixar regras claras (classes, diárias, prazos).
  • Reservas de última hora sem planejamento
    Como evitar: estabelecer prazos mínimos, prever emergências e negociar contratos flexíveis com fornecedores.
  • Processos manuais e uso excessivo de planilhas
    Como evitar: automatizar processos, usar plataformas integradas e centralizar informações.
  • Falta de análise de dados e indicadores
    Como evitar: definir KPIs (ticket médio, destinos mais usados, taxa de conformidade, emergências, no-shows), usar dashboards e revisar periodicamente.

Como mensurar se sua política está sendo seguida

Para avaliar se a política de viagens está sendo respeitada, é essencial medir indicadores.
Alguns dos principais são:

  • Percentual de solicitações feitas pelos canais oficiais
  • Média de antecedência das reservas
  • Número de viagens emergenciais x programadas
  • Taxa de no-show em hotéis e passagens não utilizadas
  • Diferença entre tarifas mínimas previstas na política e tarifas realmente compradas

O papel de uma agência de viagens corporativas (TMC)

Uma agência especializada agrega valor de diversas formas:

  • Entendimento profundo do cliente: perfil de viajantes, destinos frequentes, padrões de consumo e períodos de maior demanda.
  • Negociação com fornecedores: companhias aéreas e redes hoteleiras, baseadas no volume de viagens ou room nights.

8 Boas práticas para implementar já

Algumas recomendações para tornar a gestão de viagens mais eficiente:

  1. Defina prazos mínimos para solicitações de viagens programadas.
  2. Realize auditorias periódicas para verificar a conformidade real com a política.
  3. Crie critérios claros para emergências (definição, aprovação e limites de gastos).
  4. Centralize todos os pedidos em uma única plataforma ou agência.
  5. Automatize processos de aprovação e reembolso.
  6. Estabeleça KPIs mensuráveis e revise-os regularmente.
  7. Comunique mudanças na política de forma recorrente para toda a empresa.
  8. Concentre hospedagens e negocie tarifas quando houver volume significativo.

A gestão de viagens corporativas deixou de ser um simples suporte logístico e passou a ser uma área estratégica. Empresas que definem políticas claras, usam tecnologia, monitoram indicadores e atuam em parceria com agências especializadas conseguem reduzir custos, melhorar processos e aumentar o compliance.

Em um mercado que se expande de forma consistente e projeta recordes de faturamento, quem investe em gestão estratégica ganha vantagem competitiva e transforma as viagens de negócios em um impulsionador de resultados para toda a organização.

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