O efeito estufa é um fenômeno natural, responsável em grande parte por permitir a existência de vida no planeta Terra. Esse fenômeno é provocado pela absorção dos raios solares e a emissão de calor para a superfície terrestre por uma camada de gases presentes na atmosfera: os gases de efeito estufa (GEE). Devido a isso, a Terra consegue manter uma temperatura adequada para a manutenção da vida.
Entretanto, nas últimas décadas o aumento da emissão de GEE, ocasionado, sobretudo, pela atividade antrópica, como a poluição, as queimadas e o desmatamento, vem se tornando uma problemática. Esse aumento acarretou um fenômeno conhecido como aquecimento global, provocado pela elevação da concentração desses gases na atmosfera e a retenção de calor, aumentando, assim, a temperatura média da Terra. Em decorrência disso, o planeta vem sofrendo grandes consequências, como o aumento do nível do mar, a extinção de espécies animais e a intensificação de catástrofes climáticas.
Pensando nesse aumento progressivo das emissões de gases na atmosfera, William Rees e Mathis Wackernagel criaram, na década de 90, o conceito de “pegada de carbono”, a fim de quantificar essas emissões.
O que é pegada de carbono?
A pegada de carbono foi criada como um indicador que mede a quantidade de GEE, sobretudo o dióxido de carbono, emitidos na atmosfera por atividades econômicas e cotidianas humanas. Esses indicativos precisos auxiliam as empresas a mensurar o impacto de suas atividades no meio ambiente e, a partir disso, encontrar meios para reduzir e compensar seus efeitos no ecossistema.
O cálculo de pegada de carbono está associado ao propósito do Acordo de Paris, assinado pelo Brasil e diversos outros países em 2015, o qual tem como objetivo evitar que a temperatura média global aumente em 1,5% até o final deste século.
Impactos do turismo corporativo
Assim como em outros segmentos, o turismo para empresas engloba atividades que deixam pegadas. Os meios de transporte emitem uma alta dose de gases durante todo o trajeto da viagem por conta da queima de combustível, como exemplo o modal aeroviário. O consumo de energia dos equipamentos utilizados pelos viajantes no decorrer da viagem, nos escritórios ou até mesmo nos aeroportos, também contribuem para o aumento das emissões.
Os hotéis não ficam de fora dessa lista, pois muitos de seus procedimentos ainda não são sustentáveis. Alto uso de energia elétrica, ausência de procedimentos de reciclagem e descarte indevido de materiais são ações que favorecem a emissão de CO2 na atmosfera.
Medidas para reduzir e compensar as emissões
Por mais que o turismo corporativo contribua para a emissão de gás carbônico, o segmento continua tendo grande importância. Sendo assim, é necessária a adoção de práticas que diminuam a emissão de GEE na atmosfera, mitigando, assim, os impactos no planeta Terra. Cabe ressaltar que, antes de qualquer ação, é de suma importância calcular a pegada de carbono, uma vez que esse indicador auxiliará no caminho a ser tomado.
A redução do uso de energia, a utilização de materiais recicláveis e a preferência por empresas que neutralizem carbono são algumas das ações que podem contribuir para a atenuação da emissão dos GEE, assim como a compensação de emissão de carbono, a qual visa neutralizar o gás carbônico emitido e absorvido na atmosfera, ou seja, uma forma de compensar todo o carbono liberado por nossas atividades. Dentre as práticas de compensação, destacam-se duas, geralmente adotadas pelas empresas e organizações: o reflorestamento e a compra de crédito de carbono.
O reflorestamento é uma prática em que a empresa realiza o plantio de mudas, geralmente nativas de uma área com certa relevância ecológica. Essas árvores plantadas ajudarão na redução de gás carbônico na atmosfera, uma vez que, no seu processo de fotossíntese, absorvem dióxido de carbono (CO2) e liberam oxigênio (O2).
Já os créditos de carbono estão associados a projetos de redução dos GEE da atmosfera, os quais são transformados em títulos que podem ser negociados com organizações ou governos que precisam reduzir suas emissões de GEE. Dessa forma, ao comprar os créditos de carbono, estes contribuem para o investimento de projetos sustentáveis.
Em vista disso, a Dynamic Travel entende a importância de ter como um de seus pilares a responsabilidade ambiental. Signatária do Pacto Global da ONU, a agência está sempre agindo em conformidade com as metas estabelecidas para mitigar os impactos no planeta Terra. Nossas máquinas contam com dispositivos que reduzem consideravelmente o consumo de energia e também reportamos para nossos clientes, através de relatórios, o cálculo das emissões de CO2 liberadas na atmosfera em decorrência de viagens aéreas utilizando a metodologia da Internacional Civil Aviation Organization (ICAO). Também reportamos a quantidade necessária de compensação para neutralizar as emissões emitidas no decorrer de suas viagens.
Além disso, conscientizamos nossos stakeholders da importância das práticas sustentáveis e incentivamos o engajamento deles em projetos ambientais. Assim, esperamos que a elucidação da responsabilidade ambiental ultrapasse fronteiras e ganhe alcance, a fim de unir o máximo de forças para preservarmos o meio ambiente!